domingo, 12 de fevereiro de 2012

ELUCIDÁRIO, de Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo!!!...à Veneranda Mestre, Santa Rosa da Covilhã.



VITERBO, Joaquim de Santa Rosa de, O.F.M. 1744-1822,
Elucidário das palavras, termos e frases que em Portugal antigamente se usaram e que hoje regularmente se ignoram : obra indispensável para entender sem erro os documentos mais raros e preciosos que entre nós se conservam / Publicado em Beneficio da Litheratura Portugueza Por Fr. Joaquim de Santa Rosa Viterbo. .... - 1ª ed. revista, correcta e copiosamente addicionada de novos vocábulos, observações e notas críticas com um índice remissivo.Coimbra, em 1815, impresso na imprensa da Universidade, com o título de: Diccionario portatil das palavras, termos e phrazes, que em Portugal antigamente se usaram, e que hoje regularmente se ignoram: resumido, correcto e addicionado pelo mesmo autor do Elucidario, a beneficio da litteratura portugueza.

Rosa sem Espinhos Para todos tens carinhos,
A ninguém mostras rigor!
Que rosa és tu sem espinhos?
Ai, que não te entendo, flor!

Se a borboleta vaidosa
A desdém te vai beijar,
O mais que lhe fazes, rosa,
É sorrir e é corar.

E quando a sonsa da abelha,
Tão modesta em seu zumbir,
Te diz: «Ó rosa vermelha,
» Bem me podes acudir:

» Deixa do cálix divino
» Uma gota só libar...
» Deixa, é néctar peregrino,
» Mel que eu não sei fabricar ...»

Tu de lástima rendida,
De maldita compaixão,
Tu à súplica atrevida
Sabes tu dizer que não?

Tanta lástima e carinhos,
Tanto dó, nenhum rigor!
És rosa e não tens espinhos!
Ai !, que não te entendo, flor.

Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'




Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo (Gradiz, Guarda, 13 de Maio de 1744 – Santo Cristo da Fraga, Sátão, Viseu, 13 de Fevereiro de 1822), foi um historiador português, e religioso franciscano. A sua maior obra é Elucidário, publicada em 1798.

(Bárbara!...o que é prometido ...é devido!)