quinta-feira, 10 de novembro de 2011

LA LÁMPARA MARINA..."Há homens que lutam um dia, e são bons!...porém há os que lutam toda a vida,estes são os imprescindíveis!"B.Brecht.



Nasce em Coimbra a 10 de Novembro de 1913.


La Lámpara Marina

Pablo Neruda

I

El Puerto

Color de cielo
Cuando tú desembarcas
en Lisboa,

cielo celeste y rosa rosa,

estuco blanco y oro,

pétalos de ladrillo,

las casas,

las puertas,

los techos,

las ventanas,

salpicadas del oro limonero,

del azul ultramar de los navíos.

Cuando tú desembarcas

no conoces,

no sabes que detrás de las ventanas

escuchan,

rondan

carceleros de luto,

retóricos, correctos,

arreando presos a las islas,

condenando al silencio,


pululando

como escuadras de sombras

bajo ventanas verdes,

entre montes azules,

la policía

bajo las otoñales cornucopias

buscando portugueses,

rascando el suelo,

destinando los hombres a la sombra.



II


La Cítara

Olvidada
Oh Portugal hermoso

cesta de fruta y flores,

emerges

en la orilla plateada del océano,

en la espuma de Europa,

con la cítara de oro

que te dejó Camoens,

cantando con dulzura,

esparciendo en las bocas del Atlántico

tu tempestuoso olor de vinerías,

de azahares marinos,

tu luminosa luna entrecortada

por nubes y tormentas.


III


Los presidios
Pero,

portugués de la calle,

entre nosotros,

nadie nos escucha,

sabes

dónde

está Álvaro Cunhal?

Reconoces la ausencia

del valiente

Militão?

Muchacha portuguesa,

pasas como bailando

por las calles

rosadas de Lisboa,

pero,

sabes dónde cayó Bento Gonçalves,

el portugués más puro,

el honor de tu mar e de tu arena?

Sabes

que existe

una isla,

la isla de la Sal,

y Tarrafal en ella

vierte sombra?

Sí, lo sabes, muchacha,


muchacho, sí, lo sabes.

En silencio

la palabra

anda con lentitud pero recorre

no sólo el Portugal, sino la tierra.

Sí, sabemos,

en remotos países,

que hace treinta años

una lápida

espesa como tumba o como túnica

de clerical murciélago,

ahoga, Portugal, tu triste trino,

salpica tu dulzura

con gotas de martirio

y mantiene sus cúpulas de sombra.



IV

El Mar

Y Los Jazmines
De tu mano pequeña en otra hora

salieron criaturas

desgranadas

en el asombro de la geografia.

Así volvió Camoens

a dejarte una rama de jazmines

que siguió floreciendo.

La inteligencia ardió como una viña

de transparentes uvas

en tu raza.

Guerra Junqueiro entre las olas

dejó caer su trueno

de libertad bravía

que transportó el océano en su canto,

y otros multiplicaron

tu esplendor de rosales y racimos

como si de tu territorio estrecho

salieran grandes manos

derramando semillas

para toda la tierra.

Sin embargo,

el tiempo te ha enterrado.

El polvo clerical

acumulado en Coimbra

cayó en tu rostro

de naranja oceánica

y cubrió el esplendor de tu cintura.


V


La Lámpara

Marina
Portugal,
vuelve al mar, a tus navíos,

Portugal, vuelve al hombre, al marinero,

vuelve a la tierra tuya, a tu fragancia,

a tu razón libre en el viento,

de nuevo

a la luz matutina

del clavel y la espuma.

Muéstranos tu tesoro,

tus hombres, tus mujeres.

No escondas más tu rostro

de embarcación valiente

puesta en las avanzadas de Océano.

Portugal, navegante,

descubridor de islas,

inventor de pimientas,

descubre el nuevo hombre,

las islas asombradas,

descubre el archipélago en el tiempo.

La súbita

aparición

del pan

sobre la mesa,

la aurora,

tú, descúbrela,

descubridor de auroras.

Cómo es esto?

Cómo puedes negarte

al ciclo de la luz tú que mostraste

caminos a los ciegos?

Tú, dulce y férreo y viejo,

angosto y ancho padre

del horizonte, cómo

puedes cerrar la puerta

a los nuevos racimos

y al viento con estrellas del Oriente?

Proa de Europa, busca

en la corriente

las olas ancestrales,

la marítima barba

de Camoens.

Rompe

las telaranãs

que cubren tu fragrante arboladura,

y entonces

a nosotros los hijos de tus hijos,


aquellos para quienes

descubriste la arena

hasta entonces oscura

de la geografía deslumbrante,

muéstranos que tú puedes

atravesar de nuevo

el nuevo mar oscuro

y descubrir al hombre que ha nacido

en las islas más grandes de la tierra.

Navega, Portugal, la hora

llégó, levanta

tu estatura de proa

y entre las islas y los hombres vuelve

a ser camino.

En esta edad agrega

tu luz, vuelve a ser lámpara:

aprenderás de nuevo a ser estrella.

"ATÉ AMANHÃ, CAMARADAS!"...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

São rosas, Fátima!...são rosas...

O Discurso sobre a vida e morte de
Santa Isabel rainha de Portugal
de Vasco Mouzinho de Castelbranco.

Isabel escolhi por mais conforme
A este tempo da ímpia Isabela,
Para que sua vida tão enorme
Se confunda com esta vida bela,
E com exemplo seu esta reforme
Quanto com mau exemplo estraga aquela,
Qual ferido da rábida serpente
Olhando a do metal remédio sente.


...levava uma vez a Rainha santa moedas no regaço para dar aos pobres(...) Encontrando-a el-Rei lhe perguntou o que levava,(...) ela disse, levo aqui rosas. E rosas viu el-Rei não sendo tempo delas...

O furor de cantar, Musa, refreia
E destempera a temperada lira,
Qual, não sentindo a nau, sói a sereia,
Antes, porque tardou, chora e suspira.
Se quiseras chorar com larga veia,
Eu mesmo lamentando te seguira,
Que o remédio mais certo de alegrar-me
É nunca de tristezas apartar-me.
Busquei mil vezes gostos que cantasse
Com subido coturno e voz sonora,
Mas temi com razão que os estranhasse
(...)
Um triste coração que sempre chora;
Que a quem triste se põe e triste nasce,
Mudado o nome à rubicunda Aurora,
Só tristezas e mágoas agradaram,
Quanto mais que já gostos acabaram.
(...)
Não vês de nossos tempos as mudanças,
Transformações de reinos e de gentes,
Mortes, desterros de uns, doutros bonanças,
Mil confusões de tristes e contentes,
Corte de bem tecidas esperanças,
Tela perfeita doutras diferentes,
Casos de eterno e de imortal espanto,
E dignos de imortal e eterno pranto?
Começar do destorço lusitano
E ruína total da glória altiva
Com que fez rico ao pobre mauritano
Sebastião, cuja morte inda hoje é viva;
Renovando-se sempre de ano em ano,
Qual águia que no mar a idade aviva,
Em outro mar de lágrimas que chora
Quem se deseja e sua sombra adora.Aqui se cala e fica contemplando,
Com o ver morto está também morrendo:
Ela rios de lágrimas chorando,
Ele rios de sangue está vertendo.
Não fala, porque o sangue está falando
Quanto pudera estar-lhe respondendo;
Nem ela, que se em lágrimas se emprega,
Lágrimas dizem quanto a dor lhe nega.
(...)Se me ele vira agora estar cantando
Cos sentidos na música tão prontos,
Não haver melhor cousa imaginando,
Quiçá que me enxergara alguns descontos:
Ora me achara duro, ora mui brando,
Enfim, mil erros no tomar dos pontos;
Mas pode ser que satisfeito fosse,
Que assaz deu o que deu conforme a posse.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

BOM DIA, PORTUGAL! ANTÓNIO, PARABÉNS...a ACADEMIA É DE TODOS!!!!


Em 1908, António Oliveira Salazar tinha 19 anos e escreveu este poema intitulado “A uma rosa”, enamorado por uma professora primária:



«A Uma Rosa»
Rosa tão linda, pálida e triste,
Rosa dos encantos, cheiras tão bem!
Vejo que sofres; dize, que sentes?
Tens saudades de tua mãe?
Pois ainda ontem tu vicejavas,
Ao pé das rosas, tuas irmãs,
Com quem vivias, embalsamando
A branda aragem destas manhãs!...
Mas eu cortei-te; rosa, perdoa!
Gostei de ti, mas ah! Fui cruel!
Tens saudades, não tens? Da abelha
Que ia, zumbindo, buscar o mel?
Tu já choravas lágrimas santas,
Que a aurora punha no cálix teu,
E eras alegre! Vê: quanto eu choro,
Sou triste e é sem fim o sofrer meu!
Fechas as folhas na dor imensa
Que te assoberba; causas-me dó!
Pois, coitadinha, lá na roseira
Tinhas amigas, não ´stavas só!
Rias com elas à luz do sol;
Brincáveis todas co´ a brisa pura
Que a madrugada manda a acordar-vos,
Depois do sono da noite escura…
Tu namoravas uma avezinha
Que p´ra o teu ramo vinha cantar;
Tinhas um ´spelho nas claras águas,
Em que te estavas sempre a mirar!
Agora, pobre! Vais definhando.
O lindo vaso não te seduz?
Rosa tão branca, rosa de encantos,
O que te falta? Tens ar e luz…
Ah! Mas o prado tão verde e o canto,
O canto triste do rouxinol?
E a brisa fresca que se levanta,
E vai beijar-vos, ao pôr do sol?
Tudo isso falta; mas que era isso,
Ao pé da falta do maior bem?...

Rosa, confessa, ´stás triste e morres,
Com saudades de tua mãe!...



Frase de Salazar, em azulejos de Jorge Colaço:"Dêmos à nação optimismo, alegria, coragem, fé nos seus destinos; retemperemos a sua alma forte ao calor dos grandes ideais e tomemos como nosso lema esta certeza inabalável: Portugal pode ser, se nós quisermos, uma grande e próspera nação." António de Oliveira Salazar, nasce a 28 de Abril de 1889, no Vimieiro, Santa Comba Dão.

...dele dizia Pessoa...(com uns copitos?!)

ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR

António de Oliveira Salazar.
Três nomes em sequência regular...
António é António.
Oliveira é uma árvore.
Salazar é só apelido.
Até aí está bem.
O que não faz sentido
É o sentido que tudo isto tem.
......
Este senhor Salazar
É feito de sal e azar.
Se um dia chove,
A água dissolve
O sal,
E sob o céu
Fica só azar, é natural.
Oh, c'os diabos!
Parece que já choveu...
......
Coitadinho
do tiraninho!
Não bebe vinho.
Nem sequer sozinho...

Bebe a verdade
E a liberdade.
E com tal agrado
Que já começam
A escassear no mercado.

Coitadinho
Do tiraninho!
O meu vizinho
Está na Guiné
E o meu padrinho
No Limoeiro
Aqui ao pé.
Mas ninguém sabe porquê.

Mas enfim é
Certo e certeiro
Que isto consola
E nos dá fé.
Que o coitadinho
Do tiraninho
Não bebe vinho,
Nem até
Café.


...E QUANDO AS NUVENS PARTIREM...quem sabe...ou talvez não...a verdade será como há-de vir!...isto é...UMA ENORME CAVEIRA EM QUE TE VEJAS!!! (ESTE ERA SÉRIO E TINHA VERGONHA!!!)...(e apreciava mulheres bonitas!...ó Pessoa!)

http://youtu.be/EqqOiNunNSg

segunda-feira, 21 de março de 2011

LA VIDA ES BELLA TÚ VERÁS!!!...A NUESTROS HIJOS! (poesia poesia...mon amour...)



PALABRAS PARA JULIA

Tú no puedes volver atrás
porque la vida ya te empuja
como un aullido interminable.

Hija mía es mejor vivir
con la alegría de los hombres
que llorar ante el muro ciego.

Te sentirás acorralada
te sentirás perdida o sola
tal vez querrás no haber nacido.

Yo sé muy bien que te dirán
que la vida no tiene objeto
que es un asunto desgraciado.

Entonces siempre acuérdate
de lo que un día yo escribí
pensando en ti como ahora pienso.

La vida es bella, ya verás
como a pesar de los pesares
tendrás amigos, tendrás amor.

Un hombre solo, una mujer
así tomados, de uno en uno
son como polvo, no son nada.

Pero yo cuando te hablo a ti
cuando te escribo estas palabras
pienso también en otra gente.

Tu destino está en los demás
tu futuro es tu propia vida
tu dignidad es la de todos.

Otros esperan que resistas
que les ayude tu alegría
tu canción entre sus canciones.

Entonces siempre acuérdate
de lo que un día yo escribí
pensando en ti
como ahora pienso.

Nunca te entregues ni te apartes
junto al camino, nunca digas
no puedo más y aquí me quedo.

La vida es bella, tú verás
como a pesar de los pesares
tendrás amor, tendrás amigos.

Por lo demás no hay elección
y este mundo tal como es
será todo tu patrimonio.

Perdóname no sé decirte
nada más pero tú comprende
que yo aún estoy en el camino.

Y siempre siempre acuérdate
de lo que un día yo escribí
pensando en ti como ahora pienso


COIMBRA...ONDE UMA VEZ...CONTRA A MISÉRIA MORAL...MARCHAR MARCHAR!!!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

BELLE de JOUR!...( à Mmª C.C., não obstante, com estima.)...a Academia está com todos!



O COURTESANS, Love's witching, wild priestesses,
You charm the universe from end to end!
Heroes are always fettered by your tresses,
Kings for their pleasure on your bed depend.

Your pose is graceful, and your nostril quivers,
Your feet go dancing, and your deep eyes burn,
Your supple bodies bend like reeds of rivers,
Your robes like incense round about you turn.

Poor men are full of anger when they see you
Come from your segregation of disgrace,
Matrons cast envious eyes at you and flee you,
And the wise, scolding, turn away their face.

But still the sighs of boys with passion paling
Soar up to you in sultry evenings when
You pass, the dreams of lonely artists trailing,
And gray regrets of amorous old men;

And long, strong sighs of young men sick and ailing,
Whose blood chafes at the scent the summer floats,
Longing to take your breasts like fruits, inhaling
Love in the odour of your petticoats.