José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos,nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro, na "parte da Cidade voltada para o realismo e para o mar".Filho de um magistrado e de uma directora de escola infantil.Cursou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde se formou em Filosofia.
"As noites passavanas em deambulações secretas pela cidade, acompanhado por mais meia dúzia de meliantes da minha idade, amantes inconsequentes da noite.Com uma guitarra e uma viola fazíamos a festa."
"A sua voz está tão cheia de ternura que será irremediávelmente subversiva."
"Por vacação íntima, irmão de Alvaro de Campos".
Faleceu prematuramente a 23 de Fevereiro de 1987.
"Águas das fontes calai
Ò ribeiros chorai
Que eu não volto a cantar."
Cantigas de Maio
Eu fui ver a minha amada
Lá prós baixos de um jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim.
Eu fui ver o meu benzinho
Lá prós lados de um passal
Dei-lhe o meulençode linho
Que é do mais fino bragal
Eu fui ver uma donzela
Numa barquinha a dormir
Dei-lhe umacolcha de seda
Para nela se cobrir
Eu fui veruma solteira Numa salinha a fiar
Dei-lhe uma rosa vermelha
Para de mim se encantar.
Eu fui ver aminha amada
Lá nos campos eu fui ver
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para de mim se prender.
Verdes prados, verdes
campos
Onde está minha paixão?
As andorinhas não param
Umas voltam outras não.
Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito
amargou
Para então dizer ao mundo
AiDeus mo deu Ai Deus mo
levou.
"As noites passavanas em deambulações secretas pela cidade, acompanhado por mais meia dúzia de meliantes da minha idade, amantes inconsequentes da noite.Com uma guitarra e uma viola fazíamos a festa."
"A sua voz está tão cheia de ternura que será irremediávelmente subversiva."
"Por vacação íntima, irmão de Alvaro de Campos".
Faleceu prematuramente a 23 de Fevereiro de 1987.
"Águas das fontes calai
Ò ribeiros chorai
Que eu não volto a cantar."
Cantigas de Maio
Eu fui ver a minha amada
Lá prós baixos de um jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim.
Eu fui ver o meu benzinho
Lá prós lados de um passal
Dei-lhe o meulençode linho
Que é do mais fino bragal
Eu fui ver uma donzela
Numa barquinha a dormir
Dei-lhe umacolcha de seda
Para nela se cobrir
Eu fui veruma solteira Numa salinha a fiar
Dei-lhe uma rosa vermelha
Para de mim se encantar.
Eu fui ver aminha amada
Lá nos campos eu fui ver
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para de mim se prender.
Verdes prados, verdes
campos
Onde está minha paixão?
As andorinhas não param
Umas voltam outras não.
Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito
amargou
Para então dizer ao mundo
AiDeus mo deu Ai Deus mo
levou.